Ok, vamos falar um pouco sobre a mente humana.
De acordo com Carl Haub, especialista do Population Reference Bureau (instituto responsável por fazer estatísticas da população), afirma que mais de 107 bilhões de seres humanos já viveram na terra desde o ano 50.000 a.C.
A maior parte desses seres humanos possuiu racionalidade suficiente para ter ideias, aprender e criar coisas. No começo dos tempos, em sociedades rudimentares ou primitivas, qualquer coisa que fosse criada seria algo novo, algo original. Com o passar dos anos, o homem foi inventando novas formas de aplacar as necessidades do cotidiano, criando ferramentas cada vez mais eficientes, formas de passar o tempo, remédios, estratégias, métodos de organização como números e sistemas de escrita, e, o foco do blog de hoje: arte.
Aos poucos, as pessoas começaram a usar a criatividade para produzir formas inovadoras e nunca antes vistas para se expressarem. E quando esses conceitos artísticos começaram a ficar saturados, as mentes criativas foram criando formas novas e mais humanas de se expressar.
Desde sempre, estamos numa busca incansável de fazer o inimaginável, algo inusitado. É uma meta que instiga e atrai basicamente qualquer um.
Mas quanto mais o tempo passa, menos ideias restam para serem "descobertas". Parece que tudo já foi feito, e o que não foi feito, é impossível de ser cumprido.
Existe um neologismo que se aplica muito bem à essa situação: Vemödalen - frustração de ter fotografado algo sensacional quando milhares de outras fotos iguais já existem.
No mundo da arte, parece que não importa de que forma você tente inovar, você pode ter quase certeza de que alguém já fez isso antes. O medo da falta de originalidade faz com que o ser humano se sinta vazio, e até mesmo desnecessário.
Mas afinal, o que é ser criativo? Segundo o filósofo Flieger (1978), é quando "manipulamos símbolos ou objetos externos para produzir um evento incomum para nós ou para nosso meio". Uma busca pelo incomum.
A parte do cérebro que tem maior atividade durante momentos de criatividade é o Lobo Occipital, responsável também pela imaginação. Conseguimos então, fazer uma correlação entre imaginação e criatividade.
O problema disso é que é muito difícil para a mente humana fazer algo novo sem "copiar" alguma outra coisa já existente. Nosso cérebro é acostumado a encontrar padrões e seguir esses padrões, e durante o processo criativo isso não é diferente.
Existe uma série de bons hábitos que auxiliam o processo criativo durante a produção de alguma obra. Quando o foco é utilizar a criatividade para solucionar um problema, as coisas ficam mais claras: identifique o problema, teorize, considere uma solução, produza a solução da forma mais prática possível.
Mas e quando não há um problema para ser solucionado? E se você quiser ser criativo sem ter algum motivo prévio para isso? Artistas se deparam constantemente com esse problema. Ficam olhando por horas numa tela em branco, se perguntando o que deveriam fazer para chocar, trazer algo novo e interessante. É o que as pessoas chamam de "bloqueio artístico".
O ideal é simplesmente organizar algumas ideias e vontades que vão aparecendo em nossa mente. Nosso cérebro é uma máquina de imaginação mais poderosa do que muitos pensam. Organizar esses pensamentos em um papel por exemplo, permite que a criatividade encontre um norte para atuar, garantindo que ela não se disperse em uma déficit de atenção.
No entanto, algo que muitos esquecem é que esse conceito de originalidade é um tanto quanto supérfluo e sem sentido. Cada ser humano tem uma história, uma vida, experiências que tornaram o ponto de vista deste ser único. Todas as pessoas trazem algo único para a sociedade, além de que, quando os indivíduos trabalham juntos, em cooperação para produzir algo criativo, as possibilidades se tornam infinitas.
Enquanto o homem estiver pensando, aprendendo e existindo, existirão possibilidades.
Espero que tenha gostado do blog dessa semana, muito obrigado por ler até aqui!
Escrito por:
Caio Ramírez :)