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O Artista Divino - conheça mais sobre Rafael Sanzio

Atualizado: 28 de ago. de 2020

Em 2020, celebra-se os 500 anos da morte de Raffaello Sanzio - Rafael para nós -, um dos integrantes, junto de Leonardo Da Vinci e Michelangelo, da chamada Santíssima Trindade da Renascença.



Em celebração a um dos maiores gênios da História da Arte, a Itália, mais precisamente a Scuderie del Quirinale em Roma, preparou uma mega exposição com mais de 100 obras do artista.


A exposição nomeada "Raffaello.1520-1483" contaria a vida do artista em retrocesso: do auge da sua obra às suas raízes na região italiana da Úmbria.




Mas como 2020 chegou mudando os planos de todo mundo, a exposição ficou fechada por um bom tempo, até ser retomada - para sorte dos italianos, que devido às restrições de viagens impostas por causa da pandemia, são praticamente os únicos que podem acompanha-la de forma presencial, até o dia 30 de Agosto, data final da mostra.


Mas pelo lado positivo, a Scuderie del Quirinale criou vídeo-histórias, insights e incursões nos bastidores, para falar sobre a obra e vida de Raffaello.


Abaixo separamos alguns dos pontos mais interessantes abordados nos vídeos e na exposição. Caso você queira ver tudo na íntegra, é só acessar o canal da Scuderie del Quirinale no Youtube.


O ARTISTA DIVINO

  • Rafael foi inspirado pelo movimento de Florença, liderados por Leonardo Da Vinci e Michelangelo. Sua obra Dama com Unicórnio foi inspirada na Mona Lisa de Leonardo, obra que Rafael conheceu enquanto era executada.

  • Rafael buscava a beleza ideal em suas obras, isso pode ser visto em suas Madonnas -que possuíam inspiração nas obras de deusas da antiguidade clássica, como Vênus - e retratos femininos, sempre muito majestosos e suaves.

  • Além de pintor, Rafael também era um brilhante arquiteto, tendo sido nomeado como arquiteto chefe das obras da basílica de São Pedro após a morte do arquiteto Donato Bramante.

  • Uma de suas obras mais famosas e impactantes, o afresco "Escola de Atenas" no Vaticano, representa, para a curadora da mostra Marzia Faietti, a conciliação entre Filosofia e Religião, e que, nas palavras dela, seria um " manifesto de paz filosófica".

  • É aceito por especialistas, de que os anos de Rafael na corte papal de Leão X, deslocaram de Florença para Roma o título de capital artística do Renascimento.

  • Chamam atenção as obras de Rafael que retratam alguns de seus amigos ou clientes. Como os Papas Leão X - que se aproximava do artista pelos interesses humanísticos - e Giulio II - responsável pela introdução de Rafael na corte papal-; mas também os amigos, Tomaso Fedra Inghirami, Baldassare Castiglione e Valerio Belli.

  • Entretanto, o tema da amizade fica claro na obra "Auto-retrato com um amigo", no qual Rafael aparece em segundo plano com a mão sobre o ombro de um amigo, do qual não há registro do nome.

  • A perfeição presente no trabalho de Rafael chama atenção em alguns detalhes contidos em suas obras, como: as jóias muito presentes, a opulência dos vestuários - fiéis à época e à classe de quem encomendava suas obras.

  • Até mesmo as plantas demonstram a posição que Rafael ocupava como um dos mais importantes pintores de suas época - algumas das flores, frutas, legumes, etc. que aparecem em suas obras não eram conhecidas do grande público (algumas vinham da América (trazidas por Colombo, por exemplo), e eram, também, um símbolo de status.

  • A demanda de trabalho de Rafael era altíssima - o que também pode ter contribuído para o seu adoecimento -, por isso contava com ajuda de auxiliares e alunos, muitos dos quais executavam parte (às vezes obras inteiras) das obras do artista. Um dos exemplos mais famosos é a obra "O Batismo de Constantino".

  • Rafael foi, assim como muitos dos artistas renascentistas italianos, bastante influenciado esteticamente pela antiguidade clássica ocidental (Grécia e Roma Antiga), mas o que torna Rafael diferente, é sua postura de vanguarda de recuperar e preservar o patrimônio cultural, mais precisamente, as antigas obras e monumentos do Império Romano. Infelizmente, ele morreu antes de poder iniciar esse ambicioso projeto.

SOBRE A MORTE DE RAFAEL


  • A morte de Rafael é envolta em muitos simbolismos e mistérios. Hoje, depois de muitas pesquisas e até mesmo exumações, é possível afirmar que Rafael padeceu de uma infecção pulmonar grave - e não sífilis, como os antigos afirmavam.

  • Rafael morreu aos 37 anos em 1520, no mesmo dia de seu nascimento, 06 de Abril. A data caiu, coincidentemente, em uma Sexta-feira Santa, o que contribuiu para a ideia de "artista divino".

  • Durante o curto período em que ficou doente - os especialistas discordam se foram 07 ou 14 dias - Rafael pode planejar a forma como gostaria de ser enterrado.

  • A seu pedido, foi enterrado no Panteão, a obra mais magnifica da antiguidade clássica, e que sempre exerceu grande fascínio em Rafael.

  • O tabernáculo onde está enterrado foi restaurado aos custos do próprio Rafael, que, também, deixou uma quantia generosa para gastos com manutenções e reformas futuras.

“Aqui jaz Rafael; enquanto viveu, a Mãe Natureza temia ser por ele vencida; agora que está morto, ela receia morrer também”

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