No post passado, fizemos um TOP 10 - Obras de Arte roubadas e não encontradas. Essa semana continuamos falando sobre obras de arte roubadas, mas nesses casos, as obras tiveram um final feliz e puderam voltar a ser apreciadas pelo público.
Confira abaixo alguns dos mais famosos roubos à obras de artes e como foram solucionados.
Roubo da Mona Lisa de Leonardo Da Vinci
Roubada em: 1911
Recuperada em: 1913
Passam-se os anos, mas o roubo da "Mona Lisa" de Leonardo Da Vinci, de dentro do Louvre em 1911, continua sendo um dos mais famosos roubos de obras de arte de todos os tempos.
O trabalho foi roubado por um funcionário italiano do museu, Vincenzo Peruggia, que acreditava que o trabalho deveria ser 'devolvido' ao seu país. É importante lembrar que foi o próprio Leonardo quem levou a obra para à França, em 1506, quando este foi convidado pelo rei Francisco I para trabalhar na sua corte.
O roubo foi bastante simples, Peruggia saiu pela porta do museu com a obra debaixo do paletó, e por dois anos a manteve em seu apartamento.
A obra foi recuperada durante uma tentativa de transferi-la para um museu italiano - a Galleria degli Uffizi em Florença. Vincenzo Peruggia foi preso por apenas alguns meses e foi aclamado um herói pelo público italiano. O trabalho retornou ao Louvre em 1913.
Em nosso IGTV você confere mais detalhes desse roubo que foi o responsável por tornar a Mona Lisa uma das obras mais importantes de todos os tempos.
Roubo do Retrato de Adele Bloch-Bauer I de Gustav Klimt
Roubada em: 1941
Recuperada em: pós-guerra pela Áustria e em 2006 pelos herdeiros
"Retrato de Adele Bloch-Bauer I" é uma entre as tantas obras saqueadas pelos nazistas durante sua expansão pela Europa.
Após o final da II Guerra Mundial, a obra se manteve em posso do governo austríaco, no entanto Ferdinand Bloch-Bauer, marido de Adele, havia designado as pinturas como propriedade de seus sobrinhos e sobrinhas. Somente em 2006, após uma longa batalha judicial, a obra voltou às mãos da família.
A pintura foi vendida em leilão por US$135 milhões, que naquela época era o preço mais alto pago em leilão por uma pintura. Atualmente a obra pode ser encontrada na Neue Art Gallery, em Nova York.
Roubo da Paisagem na Margem do Sena de Pierre-Auguste Renoir
Roubada em: 1951
Recuperada em: 2010
"Paisagem na Margem do Sena", é uma obra de 1879 de Pierre-Auguste Renoir, e que foi roubada do Museu de Arte de Baltimore em 1951.
A obra teria sido encontrada, supostamente, em um mercado de pulgas no estado da Virginia, em 2010. Entretanto há quem diga que a obra estava em posse da família da mulher que a encontrou há algumas décadas.
Independentemente da história real por trás do roubo/descoberta, após decisão judicial, a obra foi declarada novamente propriedade do Museu de Arte de Baltimore e voltou para sua sede em 2014.
Roubo do Retrato do Duque de Wellington de Francisco Goya
Roubada em: 1961
Recuperada em: 1965
Em 1961, o motorista de ônibus Kempton Bunton roubou a obra "Portrait of the Duke of Wellington", do artista Francisco Goya das paredes da National Gallery, em Londres.
Segundo o próprio ladrão, ele subiu pela janela do banheiro, pegou a obra e depois fez o mesmo caminho de volta, até chegar em casa e escondê-la embaixo da cama.
Algumas semanas antes a obra havia recebido uma proposta de compra de $392,000 de um colecionador americano, a mesma quantia que Bumpton viria a exigir como resgate, alegando que queria usar o valor para comprar licenças de TV para os pobres.
O pedido de resgate não foi aceito e quatro anos depois, ele devolveu a pintura voluntariamente e ficou preso por três meses.
Assalto ao Palazzo Pubblico de Urbino - roubo de obras de Piero della Francesca e de Rafael
Roubada em: 1975
Recuperada em: 1976
Em 1975, três obras de valor inestimável
- duas de Piero della Francesca e uma de Rafael - foram roubadas do Palazzo Pubblico em Urbino. À época foi considerado "o roubo de arte mais sensacional da Itália em anos". As pinturas foram cortadas de seus quadros por criminosos locais, que planejavam vender as obras no mercado internacional de arte. Um ano depois, as pinturas foram recuperadas sem danos na Suíça.
Os roubos de O Grito e Madonna de Edvard Munch
Roubada em: 1994, 2004
Recuperada em: 1994, 2006
"O Grito", a mais famosa obra de Edvard Munch possui 4 diferentes versões. E dessas quatros, duas foram roubadas.
Em 1994, no dia da abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno em Lillehammer, quatro homens invadiram a Galeria Nacional da Noruega, pegando a pintura e deixando uma nota que dizia: 'Obrigado pela falta de segurança'. Pouco menos de três meses após o roubo, a polícia norueguesa em uma operação conjunta com polícia britânica e do Museu Getty, recuperou a obra.
Outra versão de "O Grito" (de 1910) foi roubada junto com a "Madonna", também de Munch em 2004 do Oslo’s Munch Museum por ladrões armados. Dois anos após o ocorrido, em 2006, as obras foram recuperadas. As pinturas voltaram a exibição em 2008, após passarem por processo de restauração. Mesmo assim, o roubo deixou danos permanente nesta versão de "O Grito".
Roubo de O Retrato de uma Dama de Gustav Klimt
Roubada em: 1997
Recuperada em: 2019
Em 1997, "O Retrato De Uma Dama" de Klimt desapareceu da galeria de arte moderna Ricci Oddi em Piacenza. A obras foi encontrada por um jardineiro no final de 2019. Existem algumas versões de como o roubo teria ocorrido, mas dois homens se manifestaram confessando a responsabilidade pelo desaparecimento da pintura e alegando que a devolveram como um "presente para a cidade".
Em nosso IGTV a Marina contou mais detalhes desse roubo.
Roubo de Criança com bolha de sabão de Rembrandt
Roubada em: 1999
Recuperada em: 2014
A obra "Criança com bolha de sabão", de Rembrandt, avaliada em US$2,7 milhões, foi roubada do Museu Municipal D'art Et D'Histoire em Draguignan, França, em 1999, durante as comemorações do Dia da Bastilha. Na época, a polícia disse que os ladrões entraram pela porta dos fundos e escaparam antes que os policiais respondessem ao alarme.
A obra foi recuperada depois de 15 anos em Nice, após a polícia receber informações de que uma transação deveria ocorrer em um hotel no dia seguinte.
Assaltou ao Museu Nacional de Belas Artes de Estocolmo - roubo de obras de Rembrandt e Renoir
Roubada em: 2000
Recuperada em: 2001, 2005
Um roubo que mais parece roteiro de cinema.
Em 2000, em menos de meia hora, três homens armados entraram no Museu Nacional de Belas Artes de Estocolmo, e saíram com dois Renoir e um Rembrandt.
Para desviar a atenção da polícia durante o assalto, os ladrões incendiaram carros nas ruas próximas e colocaram pregos na frente do museu para impedir qualquer aproximação da polícia. A fuga foi em grande estilo, a bordo de uma lancha.
As obras foram recuperadas em três operações diferentes: "Conversação" foi recuperada em 2001 e "Young Parisian" em 2005 – ambos de Renoir -, o "Autorretrato" de Rembrandt foi recuperado, também, em 2005.
Roubo de La Coiffeuse de Pablo Picasso
Roubada em: 2001
Recuperada em: 2014
A obra La Coiffeuse de Pablo Picasso desapareceu em novembro de 2001, do armazém no Centro George Pompidou, durante a preparação para um empréstimo à uma exposição na Índia.
Após mais de uma década, em 2014, a obra foi recuperada enquanto era enviada da Bélgica para os Estados Unidos. O pacote despertou suspeitas pois tinha como destino uma instalação de armazenamento com controle climático - um destino peculiar para um pacote marcado com palavras em francês, sugerindo que continha um presente de Natal de menos de 40 dólares.
Em 2015, a obra foi devolvida pelo governo americano à França.
Assalto ao Museu Van Gogh - Vincent Van Gogh
Roubada em: 2002
Recuperada em: 2016
As obras "Vista do mar em Scheveningen" e "Congregação deixando a igreja reformada em Nuenen", foram
roubadas do Museu Van Gogh em 2002.
Os ladrões subiram o telhado do museu usando uma escada, quebraram uma janela com uma marreta e levaram as telas mais pequenas e próximas que encontraram. Depois de guardar as obras em uma sacola, os ladrões deslizaram por uma corda, danificando um pedaço 7cm por 2cm do canto inferior esquerdo da pintura "Vista do mar em Scheveningen".
As obras foram encontradas em 2016 em Nápoles, na casa da mãe de um chefe da máfia italiana. Elas estavam embrulhadas em pano e guardados em um espaço escondido na parede. No ano passado, após passarem por restauração, as obras voltaram a ser exibidas no Museu Van Gogh.
Roubo da Virgem do Fuso de Leonardo da Vinci
Roubada em: 2003
Recuperada em: 2007
A obra "Virgem do Fuso", de Leonardo Da Vinci, era a peça central da coleção do então duque no castelo Drumlanrig, na Escócia. À época do roubo, em 2003, a coleção era considerada a mais valiosa do Reino Unido em mãos particulares.
O assalto a mão armada ocorreu à luz do dia e os bandidos fugiram com a pintura pela janela.
Depois de muitos pedidos de resgate da obra, a pintura foi encontrada em 2007, em um escritório de advocacia em Glasgow, apenas um mês depois da morte do Duque.
Assalto ao MASP - roubo de obras de Portinari e Picasso
Roubada em: 2007
Recuperada em: 2008
Em dezembro de 2007, as obras “O lavrador de café”, de Cândido Portinari, e “Retrato de Suzanne Bloch”, de Pablo Picasso foram roubadas Museu de Arte de São Paulo (Masp).
Três homens mascarados entraram no museu de madrugada, durante a troca de turno dos guardas, e levaram as obras. À época, o assalto foi bastante constrangedor para o museu, uma vez
que as obras, entre as mais importantes e famosas do acervo, e que estavam avaliadas em 55 milhões de dólares, não possuíam seguro e as portas de entrada e das salas onde estavam os quadros furtados não possuíam alarme.
As obras foram recuperadas menos de um mês depois, em uma residência em Ferraz de Vasconcelos, região metropolitana de São Paulo.
Assalto a Fundação Buehrle - roubo de obras de Cézanne, Degas, Van Gogh e Monet
Roubada em: 2008
Recuperada em: 2008, 2012
Em 2008, quatro obras-primas que estavam expostas na mesma sal, de Paul Cézanne, Edgar Degas, Vincent Van Gogh e Claude Monet, foram roubadas por três homens usando máscaras de esqui, em um domingo, próximo da hora do fechamento do museu da Fundação Buehrle, na Suíça.
As obras de arte, "Campo da papoila perto de Vetheuil", de Monet, "Conde Lepic e sua Filhas", de Degas, "Ramos de Castanheira em Flor", de Van Gogh, e "O Menino de Colete Vermelho", de Cézanne, eram estimadas em 163 milhões de dólares na época.
"Campo da papoila perto de Vetheuil", de Monet e "Ramos de Castanheira em Flor", de Van Gogh foram recuperados poucos
dias depois do assalto, em um carro no estacionamento de um hospital próximo. "O Menino de Colete Vermelho", de Cézanne foi recuperado na Sérvia em 2012. "Conde Lepic e sua Filhas", de Degas também foi recuperado em 2012 com leves danos.
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