top of page

Dadaísmo - A Arte no Caos

Você talvez já tenha ouvido falar que qualquer coisa pode ser arte. Bem, o movimento dadaísta deve ser a culminação desse conceito.

Kurt Schwitters

Na imagem ao lado, podemos ver um exemplo de arte dadaísta.



Sabe, você pode até mesmo perguntar o significado desta obra, mas ninguém vai saber te responder. "É impossível achar significado em arte insignificante", diz um artista dadaísta anônimo.


Mas mesmo que essa vanguarda artística pregue o caos e a falta de sentido nas obras, ela tem um motivo para ser assim. Ao contrário do que muitos pensam, o dadaísmo foi um movimento artístico muito bem pensado e com motivação clara, causando grandes impactos na cultura da época.


A Fonte - Marcel Duchamp

Em 1916, na cidade de Zurique, na Suíça, durante o período da Primeira Guerra Mundial uma vanguarda da arte se formou. Um grupo de artistas plásticos, escritores e poetas se sentiam oprimidos e indignados com todo o cenário atual, decidiram que iriam usar a arte como forma de protesto. Liderados por Tristan Tzara (poeta), Hugo Ball (poeta) e Hans Arp (pintor), os integrantes desse grupo queriam criar algo que chocasse e provocasse a burguesia da época. As obras dadaístas baseavam-se no acaso, no caos, na desorganização e em objetos e elementos de pouco valor, desconstruindo conceitos da arte tradicional.



O nome Dadaísmo provavelmente se originou de "Dada" como o balbucio de um bebê, tentando falar, ainda sem saber usar a lógica ou o sentido. No entanto, Tzara (líder do movimento) se pronunciou explicando o significado de "dada", de acordo com ele:


"Dada não significa nada: Sabe-se pelos jornais que os negros Krou denominam a cauda da vaca santa: Dada. O cubo é a mãe em certa região da Itália: Dada. Um cavalo de madeira, a ama-de-leite, dupla afirmação em russo e em romeno: Dada. Sábios jornalistas viram nela uma arte para os bebês, outros Jesus chamando criancinhas do dia, o retorno ao primitivismo seco e barulhento, barulhento e monótono. Não se constrói a sensibilidade sobre uma palavra; toda a construção converge para a perfeição que aborrece, a ideia estagnante de um pântano dourado, relativo ao produto humano." Tristan Tzara


Raoul Hausmann - The Spirit of Our Time

Ao analisar essa definição, fica evidente que eles usavam métodos deliberadamente incompreensíveis para explicar a arte dadaísta. É por isso mesmo, para que não exista explicação.


Essa vanguarda defende que a expressão em sua forma mais pura não pode se apegar a moldes ou regras, nem tentar agradar o público. Ela deve ser feita de forma espontânea e curiosa.


E você, o que acha dessa vanguarda artística, Me diga nos comentários!


Escrito por:

Caio Ramírez :)


bottom of page